Espaço para tentar alinhavar todas essas letrinhas e idéias que ficam correndo soltas em meu pensamento todos os dias. Pode ser através de fotografia, poesia, crônica ou simples ponto. Ainda não sei. A agulha guiará meu tear.
domingo, 2 de outubro de 2011
A casa de paredes amarelas
Da janela de meu quarto vejo uma casa abandonada bem antiga, deve ter mais de 50 anos. Estilo colonial. Imagino quando foi construída. Os sonhos do casal que a planejaram. Os móveis. O casamento. Os filhos correndo por seus corredores. O quintal cheio de árvores. O balanço, os cães. O pai chegando do trabalho. A mãe na cozinha, o cheiro do bolo. Depois o filhos crescendo, indo embora. Os pais se tornando avós, a visita eventual dos netos. Os pais envelhecendo. Deixando esse mundo. A casa vazia. A casa envelhecendo. As telhas sendo levadas pelo vento. A história sendo perdida. O reboco caindo. O mato crescendo ao redor. Poderia abrigar outra família e viver outras histórias, mas penso que as pessoas que ali habitavam não tiveram a capacidade de ver nela um "lar" alé de uma casa de paredes amarelas... Pois jamais se abandona um lar.
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