terça-feira, 28 de junho de 2011

Minha alma ressurge das cinzas, do pó, da dor...

Alma Nova
(Deborah Rodrigues)


Peguei minh'alma
No armário
Olhei suas manchas
Seus nós
Tão amassada
Puída pelo tempo
Quase não a reconheço
Retiro cuidadosamente
Do cabide com cheiro de mofo
E a visto em mim
Parece que não me serve mais
Faltam alguns botões
Está tão pequena
Apertada...
Tempo demais
De armário
Farei uns ajustes
Passarei a ferro quente
Remendarei com esperança
Farei dela
Alma Nova
Alma que me veste
Alma pura e translúcida
Livre do armário da dor...


Um comentário:

  1. Um belo texto sobre uma tarefa tão recorrente no cotidiano feminino: recomeçar.

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